sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aviso

Olá, queridos cursistas!

Informo que o local do nosso encontro deste mês (dia 29 de outubro) será a Unviversidade Aberta do Brasil (UAB). Conto com a presença de todos! Não se esqueçam de ler as duas primeiras unidades do TP4 e de realizarem as atividades com os alunos.

Um grande abraço a todos e parabéns pelo nosso dia ontem!!!

sábado, 10 de outubro de 2009

Relatório da oficina 6 do Gestar II

Pólo: Nova Marabá, São Félix e Morada Nova
Disciplina: Língua Portuguesa
Formadora: Cleuzeni Santiago da Silva
Data: 29 de setembro de 2009


No dia 29 de setembro de 2009, continuando os estudos do TP3 – Gêneros e tipos textuais, realizamos a oficina seis do Gestar II de Língua Portuguesa, na Universidade Aberta do Brasil (UAB), localizada nas dependências da Secretaria Municipal de Educação, Agrópolis do INCRA. Na ocasião, contamos com a presença de cursistas do pólo Nova Marabá (6 escolas: EMEF. Rio Tocantins; EMEF. Salomé Carvalho; EMEF. Jonathas Pontes Athias; EMEF. Odílio da Rocha Maia; EMEF. Felipa Serrão Botelho; EMEF. Cisne Branco), São Félix (4 escolas: EMEF. Julieta Gomes Leitão; EMEF. Manoel Cordeiro Neto; EMEF. Nossa Senhora de Fátima; EMEF. São Félix) e Morada Nova (1 escola: EMEF. Pedro Peres Fontenelle), totalizando vinte e sete cursistas, pela manhã, e vinte e cinco, no turno da tarde (conforme frequência). À tarde, não contamos com a presença de nenhum cursista das escolas Manoel Cordeiro e Nossa Senhora de Fátima (a coordenadora da escola Nossa Senhora de Fátima estava de atestado médico e a coordenadora da Manoel Cordeiro passou mal, ao final da tarde, e teve de sair). Alguns cursistas participaram só pela manhã e outros somente à tarde.
Iniciamos o encontro às oito horas e trinta minutos, pois, apesar de termos reservado os Data Show com bastante antecedência, fiquei muito tempo andando “de um lado para o outro” atrás de um. Inicie sem este equipamento, com algumas alterações na pauta. Somente após às nove horas, que o servidor Edson (DEN) chegou com o referido equipamento e o montou para mim. Como de costume, iniciei dando as boas vindas aos cursistas e explicando que estávamos ali reunidos para darmos continuidade aos estudos do TP3 do programa. Na sequência, entreguei a pauta aos presentes, conversamos brevemente sobre o que íamos fazer durante o dia e realizamos uma dinâmica “Entrevista Musical”.
Em seguida, demos início à oficina, realizando a primeira parte, que se constituía na socialização dos estudos das unidades onze (Tipos textuais) e doze (A inter-relação entre gêneros e tipos textuais) do TP3. Comecei perguntando aos cursistas se haviam lido e respondido as duas unidades em estudo. Basicamente ninguém havia cumprido totalmente a tarefa a distância. Alguns disseram que tinham lido, mas não tinham respondido; outros disseram ter lido e respondido parcialmente. As justificativas foram as já conhecidas muitas atividades e pouco tempo. Lembrei-os da importância de lerem e responderem pelo menos as atividades mais significativas para a compreensão e discussão das unidades. Então, motivei-os a falarem o que haviam compreendido por tipos textuais e/ou sequências textuais. A discussão estava fluindo razoavelmente bem, mas como alguns estavam confundindo as noções de gênero com tipos, retomamos as discussões do encontro anterior. Quando chegou o Data Show, fomos fazendo a discussão e retomando pontos importantes, seguindo uns slides. Assim, dentre outras questões discutimos as sequências tipológicas abordadas no TP, fizemos um paralelo entre noções de gêneros e tipos textuais, verificando a inter-relação entre ambos.
Já passava das dez horas quando fizemos o intervalo para o lanche. No retorno, concluímos as discussões a respeito do TP3, fazendo algumas correções e verificando alguns equívocos nas unidades estudadas (como falta de sublinhado em textos; equívocos no uso de alguns termos, como por exemplo, em: “gênero jornalístico”, sendo que jornalístico não é gênero é domínio discursivo; “gênero folhetim”; “prescritivo” em lugar de “preditivo”; questões descabidas; incoerências em textos; problema com um texto de um Avançando na prática, etc.).
Encerrada a socialização dos estudos a distância, encaminhei a parte dois da oficina que consistia na socialização dos Avançando na prática, solicitando aos cursistas que relatassem como foi a realização das atividades com seus alunos. Lembrei-os de que, como apenas uma professora havia me entregue a pasta com o relatório e as atividades no encontro anterior, eles estavam me “devendo” dois relatórios. Novamente, surgiram reclamações: falta de tempo; muitos projetos nas escolas; pouco apoio em algumas escolas para a viabilização das atividades; pouca valorização do servidor, etc. Muitos, apesar das dificuldades, realizaram as atividades com seus alunos. A coordenadora da escola Pedro Peres, Nilda Ferreira, falou a respeito das dificuldades encontradas na escola para acompanhar os estudos dos professores e a realização das atividades como os alunos. Disse que a maior dificuldade é em reunir com todos os professores da área, pois um dia tem um ou dois professores na escola, no outro dia, aqueles já não estão, e assim por diante. Disse que tem usado um espaço na HP, mas também é a mesma coisa nunca estão todos. Mas relatou que apesar das dificuldades tem acompanhado o trabalho dos professores individualmente ou em duplas: perguntando se estão realizando os estudos e combinou com eles que cada mês ela irá acompanhar a aplicação dos Avançando na prática em uma turma. Este mês (setembro), disse que acompanhou em uma turma da professora Catiane e relatou um pouco como foi. Depois de um tempinho de discussão, retomei a palavra e destaquei a importância da participação de todos, na escola, para a efetiva implementação do Programa. Disse que desde 2006, que este município tenta implantar o Gestar II e deste então que diretores, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais e professores são convidados para conhecerem o programa. Isto foi feito este ano, em dois momentos: na apresentação do programa e na oficina introdutória. Por isso, disse que não entendia a falta de apoio, relatada por alguns professores, da parte de alguns diretores e coordenadores pedagógicos. Reforcei dizendo que os coordenadores pedagógicos são convidados a participarem dos encontros não é à toa; eles são os tutores do programa, possuem responsabilidades estabelecidas no Guia Geral. Disse que a coordenadora da escola Pedro Peres estava desempenhando suas funções enquanto tutora do programa e coordenadora da escola, não entendia por que outros não estavam e alguns sequer têm aparecido nas formações. Disse ainda que ia repassar relação contendo os nomes dos faltosos para o Diretor de Ensino e que este havia dito que iria chamá-los para uma conversa. Uma cursista, Sandrelli Pessoa dos Reis, disse que estavam sem tempo, que a escola desenvolve muitos projetos, por isso não estava conseguindo realizar as atividades. Pediu sugestões de como resolver isto. Eu disse que desde o início que eles estão cientes de que boa parte das atividades do programa é a distância e que eles juntamente com as equipes gestoras das escolas iriam discutir e encontrar juntos algumas alternativas. Disse que a título de sugestão poderiam tentar combinar na escola uma semana (deixá-los mais livres), após terem lido as unidades em questão, para a realização das atividades dos Avançando na prática, talvez a penúltima ou última semana que antecedem os encontros. Alguns demonstraram ter gostado da idéia; outros disseram que pode não funcionar, porque sempre tem os imprevistos. Para finalizar a discussão a dar prosseguimentos à socialização, disse que era importante eles verificarem juntos uma forma de irem viabilizando os estudos e a realização das atividades para não deixarem as coisas irem se acumulando, porque senão não iam cumprir a carga horária a distância e também vai chegar uma hora em que eu vou dizer que não posso mais aguardar entrega de material atrasado, posto que tenho prazo para fazer relatórios para a Secretaria e para a UnB e MEC. Disse que íamos continuar as apresentação de quem havia realizado, pois estávamos de certa foram “perdendo tempo”. Muitos concordaram. Uma cursista, Sandrelli, disse que tínhamos que ouvir os que não realizaram também, saber dos motivos e dar sugestões e acrescentou que, inclusive, o que eles dizem lá deveria constar nos relatórios que entregamos na secretaria. Esclareci a ela que tudo que acontece, quase tudo que é falado, nos encontros da formação constam sim nos meus relatórios, que são repassados ao coordenador imediato, no momento o Diretor de Ensino, e também para nossa formadora da UnB. Disse ainda que os relatórios também estão postados no meu blog, o qual eles têm o endereço, portanto se quisessem conferir era só acessá-lo.
Prosseguimos com a socialização dos Avançando na prática. A maioria dos relatos foi referente ao Avançando na prática da página 109. Os professores relataram que os alunos realizaram a atividade com certo entusiasmo, vontade, pois a primeira parte se tratava de uma competição. Alguns modificaram um pouco a primeira parte: a descrição que seria verbal (falada) realizaram em forma de mímica. Muitos disseram que quando chegaram na parte da produção escrita a maioria dos alunos manteve a motivação e produziu textos bastante interessantes, criativos. Alguns professores leram um exemplar das produções dos alunos. A professora Antônia Edna da escola Cisne Branco escreveu em seu relatório que antes de realizar o Avançando na prática, propôs aos alunos outras atividades como leitura do texto “O drama da geada”, que tem no TP, entregou cópias do texto pediu que eles encontrassem frases que estivessem caracterizando alguém ou alguma coisa. Perguntou a eles quais as classes de palavras mais usadas. Disse que teve de relembrar com eles o que era classes de palavras, pois os alunos não se lembravam mais. Pediu ainda uma primeira produção: descrição de uma cidade depois de uma chuva forte, descrição de uma ilha deserta no meio do oceano e a descrição de uma noite escura e silenciosa. Disse que algumas dessas produções ficaram boas e outras nem tanto. Na realização do Avançando, ela relatou que alguns alunos tiveram dificuldades em caracterizar o objeto. Então ela formulou algumas perguntas para que, ao respondê-las, eles caracterizassem melhor os objetos (Com o que o objeto se parece? Qual a cor desse objeto? Para que serve? Todas as pessoas podem possuir esse objeto?). Ela relatou que a partir das perguntas os alunos conseguiram caracterizar melhor seus objetos. Na produção escrita, ela avalia que algumas ficaram boas, outras precisam melhorar. Disse que os alunos usaram apenas os adjetivos mais conhecidos como: grande, bonito, forte, gostoso, etc. A principal dificuldade que ela disse ter encontrado foi essa devido os alunos terem o vocabulário bem restrito. Disse que vai usar mais o dicionário em sala de aula para tentar ampliar o vocabulário dos alunos. Penso que a leitura também pode ajudá-los bastante nesse sentido. Ela relatou ainda que conseguiram atingir o objetivo que era a caracterização do tipo textual descrição. Depois, ela ainda realizou outra atividade de análise de fragmentos de alguns textos. No geral, os principais problemas de escrita relatados pelos professores foram referentes à ortografia e à pontuação.
Ao final dos relatos, apresentei um slide contendo algumas questões que precisam estar contempladas nos relatórios. A saber:
1º) Qual Avançando na Prática você realizou? Para qual série você aplicou essa atividade?
2º) Como você planejou a atividade? Fez alguma alteração?
3º) Que estratégias desenvolveu para a execução da atividade?
4º) Que dificuldades teóricas você encontrou?
5º) Que dificuldade de aplicação encontrou?
6º) Que soluções encontrou para essas dificuldades?
7º) A que resultados positivos você e seus alunos chegaram?
8º) Como você avalia o alcance de seus objetivos?
9º) Você teve oportunidade de discutir essa prática com seus colegas ou com seu coordenador? Como vocês avaliaram os resultados?
Muitos cursistas disseram que seus relatórios não estavam de acordo, ou seja, não contemplavam todas as questões pontuadas. Então disse que eu iria dar um prazo para que eles pudessem refazer os relatórios e também para quem ainda não tinha feito. Assim, combinamos que até o dia nove de outubro eles deveriam entregar-me os dois relatórios. Devido a isto, não tenho como fazer uma análise mais precisa do resultado dessas primeiras experiências.
Para finalizar os estudos pela manhã, dei algumas orientações referentes à aplicação da Avaliação Diagnóstica de Entrada do Gestar II (slides):
• A aplicação da Avaliação Diagnóstica de Entrada do GESTAR II de Língua Portuguesa nas turmas de 8ª série (9º ano) será dia 01 de outubro de 2009.
• A avaliação deverá ser aplicada preferencialmente pelo professor da disciplina. Caso este não se encontre na escola na data de aplicação, poderá ser aplicada pelo coordenador pedagógico ou diretor da escola ou outro professor.
• Vocês receberão, juntamente com as Avaliações de Leitura e Compreensão e de Produção de texto, uma Ficha de Correção do SIEFMA (Simulado das Escolas de Ensino Fundamental de Marabá). Vocês preencherão esta ficha e deverão encaminhá-la até dia 07 de outubro de 2009 ao Departamento de 5ª a 8ª séries, aos cuidados da Coordenadora Ila Zoé.
• As demais séries (5ª, 6ª e 7ª) farão as avaliações posteriormente. Acreditamos que na primeira semana de outubro estaremos enviando para cada escola as avaliações.
• Informamos que o período de realização da Prova Brasil será do dia 09 ao dia 27 de novembro de 2009.
Encerramos o estudo pela parte da manhã às doze horas e quinze minutos e saímos para o almoço. Os cursistas de São Félix e de Morada Nova, que recebem marmitex fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, só foram almoçar às 13 horas e vinte minutos, pois o departamento responsável por providenciar os marmitex (DECOF) se esqueceu de fazer os pedidos. Vale esclarecer que o referido departamento possui um documento que especifica a quantidade de marmitex bem como os dias de formação em cada mês. Além disso, eu fui, no dia anterior, ao departamento e lembrei o servidor Rosivaldo de que no dia seguinte haveria formação e que, portanto, precisavam providenciar os marmitex. Ele pediu que no dia seguinte fôssemos lá lembrá-los de novo. No dia da formação, na hora do intervalo, estive no departamento e não encontrei ninguém. Então, liguei para formadora Eliz e pedi a ela que fosse ao departamento lembrá-los. Mesmo com todos estes cuidados de nossa parte o almoço se atrasou, o que causou certo aborrecimento da parte dos cursistas e também de nossa parte, pois planejamos tudo com antecedência para evitar que coisas desse tipo aconteçam. Pedimos encarecidamente que nos organizemos melhor (todos os departamentos que estão envolvidos no dia da formação) para que situações como esta possam ser evitadas.
No retorno do almoço, reiniciamos às quatorze horas e quinze minutos, dando as orientações e organizando grupos para realizar a proposta de atividade da terceira etapa da oficina. Nesta etapa, os grupos iriam aplicar o que aprenderam a respeito do tema das duas unidades em um texto de Jô Soares “Composição: O salário mínimo”. Este texto seria tomado como centralizador da nossa sistematização sobre gêneros e tipos textuais. Os grupos leram e analisaram o texto, tendo por base três questões da página 196. Além disso, metade dos grupos criou argumentos considerando o texto um exercício de redação escolar; a outra metade criou argumentos para mostrar que o texto não se tratava de um exercício escolar. Enquanto os cursistas realizavam esta atividade, passei nos grupos orientando e tirando algumas dúvidas. Disse a eles que se tivessem alguma dificuldade, as atividades 5 da unidade 11 e 4 da unidade 12, já realizadas por eles, serviriam de apoio.
Às dezesseis horas, realizamos o intervalo para o lanche. Ao retornarmos à sala, passei um vídeo chamado “O Gladiador”. Esse vídeo desencadeou uma boa discussão. Na sequência, iniciamos a socialização dos trabalhos em grupos. Primeiro, apresentaram os grupos que construíram argumentos para defender que o texto era um exercício escolar (grupos B) e, depois, os que elaboraram argumentos contrários (grupo C). A discussão foi muito boa. Tanto os grupos de B como os de C, construíram argumentos bastante consistentes para defender o que estava proposto. Ao final, chegamos à conclusão de que o texto não era fruto de exercício escolar, pois se tratava de uma crônica em formato de redação escolar. Portanto, tínhamos ali um exemplo de intergenericidade. Discutimos as possíveis razões, os objetivos, pelos quais, Jô Soares teria escolhido como base o gênero textual redação escolar, os efeitos que ele procurou com essa escolha, etc. Achamos que tínhamos conseguido atingir os objetivos que eram: construir argumentos; perceber como os gêneros são utilizados em diferentes situações comunicativas e como sua composição tipológica não é nem homogênea nem previsível.
Na avaliação da oficina, realizada oralmente, os cursistas disseram ter gostado da oficina, especialmente da atividade da parte três. Alguns avaliaram que precisamos evitar as falas repetitivas; outros disseram que, às vezes, o que julgamos ser repetitivo não é exatamente isto, mas sim, um reforço ou complemento. Disseram também que precisamos respeitar as falas uns dos outros e não nos deter nas discussões “vazias”. A coordenadora pedagógica Nilda Ferreira sugeriu que cada escola poderia escolher um representante para socializar os Avançando na Prática, para permitir que todas as escolas participassem da socialização. Alguns concordaram com a sugestão e outros não, dizendo que boa parte dos que realizam querem participar, por isso, não concordavam que apenas um por escola socializasse. Ficamos meio num impasse quanto a essa questão. Então, eu disse que poderíamos fazer uma experiência e ver se dava certo.
Para finalizar, li novamente os encaminhamentos que constavam na pauta: ler e responder as unidades 13 e 14 do TP4, incluindo o Ampliando nossas Referências; realizar um Avançando na Prática e a Lição de Casa. Li também os questionamentos sobre letramento que estavam no final da pauta e disse que aquele seria o tema das próximas unidades.
Encerramos às dezoito horas, agradecendo a todos (as) pela participação.

Marabá-PA, 05 de outubro de 2009.

Cleuzeni Santiago da Silva
Professora-formadora de Língua Portuguesa do Gestar II

Fotos de alguns momentos da oficina 6 do GESTAR II








Mais fotos da oficina 6 - Cursistas desenvolvendo trabalhos em grupos