quinta-feira, 27 de maio de 2010

Relatório da oficina 03 do Gestar II


Pólo: Nova Marabá, São Félix e Morada Nova
Disciplina: Língua Portuguesa
Formadora: Cleuzeni Santiago da Silva
Data: 14 de maio de 2010

No dia 14 de maio de 2010, iniciando os estudos do TP2 – Análise linguística e análise literária, realizamos a oficina três do Gestar II de Língua Portuguesa, na Universidade Aberta do Brasil (UAB), localizada nas dependências da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) – Cidade Nova. Nesta oficina, boa parte dos ex-cursistas da formadora Cleiry Carvalho, agora cursistas do professor Edvaldo Alves, participaram conosco. Em média, tínhamos uns cinquenta cursistas. Da minha turma, especificamente, contamos com a presença de trinta e dois cursistas, no turno da manhã, e vinte e seis, no turno da tarde (conforme frequência). A escola Jonathas Pontes Athias está com baixa frequência. O levantamento da frequência (presenças e faltas) já foi realizado e entregue ao coordenador do departamento.
Iniciamos às oito horas e vinte minutos, dando as boas vindas aos cursistas, especialmente aos cursistas do professor Edvaldo (que também estava presente, participando conosco) e explicando que estaríamos realizando a oficina três, referente às unidades 05 – Gramática: seus vários sentidos e 06 – A frase e sua organização do TP2. Na sequência, entreguei a pauta aos presentes, conversamos brevemente sobre o que íamos fazer durante o dia e chamei atenção para os encaminhamentos, que estavam no final da pauta: ler e responder as unidades 07 e 08 do TP2, incluindo o Ampliando nossas referências; realizar um Avançando na Prática e a Lição de Casa das unidades 05 e 06 do TP2.
Como atividade de abertura, realizei a leitura do livro “Galileu leu”, de Lia Zatz. Após a leitura, perguntei o que os cursistas haviam achado do livro e em que ele nos fazia refletir sobre nosso trabalho. Os cursistas disseram ter gostado e que o livro nos fazia pensar sobre algumas práticas usadas conosco (durante o período de nossa alfabetização) e até mesmo usadas por muitos de nós com nossos alunos. Dentre estas práticas, destacaram a “tomada” de leitura em voz alta, muitas vezes sem permitir que os alunos realizassem, a priori, a leitura silenciosamente. Criticaram a atitude da professora de expor o aluno ao ridículo. Refletimos que em muitas ocasiões só vemos os “erros” dos nossos alunos. Não conseguimos perceber o que eles já sabem ou em que eles “acertam”. A professora do livro só conseguia perceber em que o aluno “errava” (a palavra lida não de acordo com o que estava escrito), mas não conseguia ver o quanto ele já sabia (ele lia a frase quase toda). Ela não compreendia também que o que ela considerava “errado”, não era simplesmente “erro”, tinha a ver com as experiências e os sonhos do aluno.
Após esta breve conversa sobre o livro, realizamos a dinâmica “Quebra-cabeças de figuras” para divisão da turma em seis grupos, para estudo das seções. Para realizar esta dinâmica, cada cursista pegou de um envelope um pedaço de um objeto (figuras) e depois tiveram que se juntar formando os quebra-cabeças. Assim estavam formados os grupos e realizamos o sorteio das seções, que ficou: grupo I: seção 1 da unidade 05 (págs. 13 a 18); grupo II: seção 2 da unidade 05 (págs. 19 a 24); grupo III: seção 3 da unidade 05 (págs. 25 a 33); grupo IV: seção 1 da unidade 06 (págs. 45 a 51); grupo V: seção 2 da unidade 06 (págs. 52 a 57) e grupo VI: seção 3 da unidade 06 (págs. 58 a 66). Dessa forma, os grupos passaram ao estudo das seções. Cada grupo deveria ler a seção sorteada, responder as atividades mais pertinentes para a compreensão da seção e organizar uma apresentação (de no máximo 15 minutos) para a turma, destacando os pontos relevantes para discussão da seção, atentando especialmente para os objetivos.
Realizamos um breve intervalo para o lanche e, no retorno, os grupos socializaram os estudos das seções. No geral, os grupos conseguiram expor os pontos mais relevantes das seções. Alguns exploraram mais comentando textos, atividades. O grupo dois fez uma leitura dramatizada de uma cena da peça “Pluft, o Fantasminha”, de Maria Clara Machado e pontuou as principais questões da seção 2 da unidade 05. Após cada exposição, abríamos um breve espaço para comentários, perguntas, etc. dos demais cursistas. Também contribuímos (eu e Edvaldo) com algumas reflexões, com destaque para alguns pontos não mencionados pelos grupos.
Encerramos a parte da manhã com estas exposições dos grupos.
Na parte da tarde, iniciei entregando aos cursistas um material contendo fragmentos de textos dos PCN de língua portuguesa de 5ª a 8ª séries (Reflexão gramatical na prática pedagógica; Objetivos de ensino – para produção de textos escritos e para a análise linguística; Conceitos e procedimentos subjacentes às práticas de linguagem – referentes à análise linguística) e realizamos a leitura e fizemos alguns comentários.
Em seguida, realizei o sorteio das escolas (duas) que iriam socializar o relato das experiências com os avançando na prática das unidades 03 e 04 do TP1. As escolas sorteadas foram: Manoel Cordeiro e São Félix. As primeiras a socializarem foram as professoras da escola Manoel Cordeiro. A professora Vanícia Lopes Melo fez seu relato do avançando que realizou com seus alunos, da página 144. Ela disse que inicialmente trabalhou os conceitos de paráfrase e de paródia. Depois os alunos copiaram do quadro textos desses gêneros. Leram e discutiram esses textos. Os alunos, em grupos, produziram paráfrases e paródias. Ela disse ter feito a revisão dos textos com os alunos e, ao final, os alunos leram os textos produzidos.
A professora Patrícia Randy Gonçalves realizou o avançando da página 112, com uma turma de 8ª série. Ela disse que entregou o texto “Porã” aos alunos e realizou leitura e debate com eles. Disse que no debate abordaram além do preconceito contra o indígena outros tipos de preconceitos. Depois os alunos ensaiaram e dramatizaram o texto. Relatou que foi uma atividade interessante e que os alunos gostaram muito. Disse que os alunos irão apresentar a dramatização a dar uma palestra sobre a questão do preconceito para os alunos da quarta série da escola. Algumas etapas propostas no avançando não foram realizadas, como por exemplo, a proposta para desenvolvimento do projeto.
A professora Denilde de Aquino da escola São Félix também realizou o avançando da página 144. Ela relatou que realizou discussão sobre a intertextualidade e pediu para que os próprios alunos dessem exemplos. Os alunos produziram textos, mas até a data do encontro não haviam realizado a revisão. A professora relatou que alguns alunos tiveram dificuldades no uso do discurso direto.
Após as professoras das escolas sorteadas terem socializado, abri espaço para um(a) cursista da turma do professor Edvaldo também relatar sua experiência. A professora Valquênia da escola José Cursino de Azevedo fez seu relato do avançando da página 136. Ao relatar, ela disse que o que mais lhe surpreendeu foi o fato de os alunos terem se empenhado e realizado a tarefa de casa.
Finalizada esta socialização, como percebi que alguns cursistas demonstravam cansaço e também estarem com sono, propôs a realização da dinâmica “PLAC-PLIC-PLOC”. O objetivo da dinâmica era o aprendizado do nome dos colegas, descontração pelo riso e brincadeira, proporcionando mobilização corporal, prontidão física para novos trabalhos.
Após a dinâmica, começamos a realizar a terceira etapa da oficina. Neste encontro, não realizamos a atividade proposta na oficina. Como estávamos percebendo, pela leitura e análise dos relatórios dos professores e das produções dos alunos, entregues pelos professores, anexadas aos relatórios, que uma das principais dificuldades e necessidades era a revisão e reescrita dos textos dos alunos, decidimos propor um trabalho nesse sentido. Assim, selecionamos (a equipe de formadores(as)) alguns textos dos alunos para este trabalho. A atividade que os cursistas, em grupos, teriam que desenvolver, nesta etapa, consistia na leitura e análise desses textos e na elaboração de propostas para revisão e reescrita deles. Os cursistas foram orientados a apontar quais aspectos seriam revisados e como deveria se feita a revisão. Para contribuir no desenvolvimento dessa atividade, os cursistas também foram orientados a lerem fragmentos dos PCN de língua portuguesa referentes à refacção na produção de textos e à refacção de textos na análise linguística.
Durante a realização da atividade em grupos, fizemos um breve intervalo para o lanche.
Concluídos os trabalhos dos grupos, fizemos a socialização das propostas. Enquanto cada grupo socializava sua proposta, o texto analisado estava projetado através do data show. Cada texto foi analisado por dois grupos. A socialização foi um pouco rápida, pois eram nove grupos e o pouco tempo que restava não permitiu uma melhor discussão das propostas, mas a cada exposição, fazíamos breves comentários e acrescentávamos algumas reflexões sobre aspectos não percebidos pelos grupos. As propostas elaboradas pelos grupos, com algumas observações feitas posteriormente por mim, serão enviadas a todos os cursistas por e-mails e também serão postadas no blog. Após a exposição de cada grupo, apresentei, em slides, como contribuição, uma análise de um dos textos: “Texto sobre o Círio de Nazaré”, feita por mim, Seane e Edvaldo, na qual apontamos os principais “problemas” deste texto e sugerimos algumas propostas para revisão.
Quando encerrei esta apresentação já passava das 18 horas. Então, agradeci a todos a presença e encerramos o encontro.

Marabá-PA, 27 de maio de 2010.

Cleuzeni Santiago da Silva
Professora-formadora de Língua Portuguesa do Gestar II

2 comentários:

Coisas miúdas ou graúdas disse...

Cara Cleuzeni,


como sempre, muito esclarecedor o seu relatório... só senti ao ler esse trecho: "boa parte dos ex-cursistas da formadora Cleiry Carvalho"...

Na verdade trata-se de "ex-formadora" e não de ex-cursitas :( --- os cursistas continuam e eu não :(

Sem drama, né?

Gostei de ler sobre a participação da Valquênia, "minha" ex-aluna na Metropolitana e ex-cursista.

Eu já havia trabalhado o texto que vocês trabalharam ("Galileu")... mas é um texto que vale a pena trabalhar mais de uma vez, afinal muitos professores podem se reconhecer e a partir desse reconhecimento, mudar a prática.

Vou continuar "passeando" pelo blog, tá?

Um grande abraço e tomara mesmo que um dia todos os professores possam ter "tempo" para investir na profissão!

Até!

Cleuzeni-formação-Marabá disse...

Ola, "cleiroca"!

Que bom ler outro comentário seu em meu blog e pode continuar "passeando"...

Quero dizer que aceito, com certo "pesar", sua correção.

Grande abraço,
Até!

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